terça-feira, 29 de junho de 2010

Tratamento da Aids





A medicina nunca conseguiu curar um vírus. Nem o da vírus da Aids nem nenhum outro. Quem cura os vírus na gente é o nosso sistema imunológico. O vírus da herpes é um exemplo disso. As pessoas têm, a gente sabe tratar, mas ele está sempre latente no organismo. Se alguém soubesse a cura da Aids, seria o primeiro vírus que alguém soube curar. Mas ainda não temos ciência para curar nem para criar um vírus. Nem que a gente quisesse. Não sei de onde surgiu essa informação sobre a cura, mas uma corrente dessas atrapalha as campanhas de prevenção, pois a Aids está aí, ela precisa ser controlada, e um dos grandes fatores do controle é a prevenção. Quando a gente tem de tratar alguém já é uma falha da medicina, pois não foi possível evitar que essa pessoa pegasse a doença. E atualmente ainda não existe um tratamento que cure a Aids.
AIDS E SEXO ORAL
O sexo oral apresenta risco de contaminação com HIV tanto para quem pratica como para quem recebe?
A relação oral é considerada de risco para a transmissão do HIV, ou seja: você pode pegar o HIV chupando e sendo chupado. E também não interessa o que você está chupando ou o que está sendo chupado, quer dizer, o sexo das pessoas envolvidas. Qualquer contato de mucosa com mucosa, principalmente se tiver secreção sexual, ou líquido vaginal, esperma ou aquele líquido que vem antes do esperma, pode transmitir o HIV, pois todas essas secreções são contaminadas com HIV se essa pessoa tiver o vírus. A transmissão acontece pelo sexo oral também.
É verdade que a contaminação só acontece se a pessoa tiver uma feridinha na boca?
Não. Não existe nenhum trabalho mostrando que pessoas infectadas por sexo oral tinham ou não uma ferida na boca antes do contágio. Você é capaz de olhar na sua boca agora e me dizer se tem ou não uma feridinha? Isso não é possível. Não é preciso ter uma ferida para se contagiar. As mucosas têm uma capacidade muito grande de absorção, se houver um vírus, pode haver contágio. Eu POSSO GARANTIR que se o esperma entrar em contato com a sua PELE, você NÃO vai se infectar. Mas se o vírus entrar em contato com a mucosa da sua BOCA, eu NÃO POSSO GARANTIR que você vá se infectar. Portanto, SEXO ORAL SEM CAMISINHA NÃO É SEGURO.
O que aconteceu com a hipótese de que o suco gástrico matava o vírus do HIV?
O vírus do HIV tem uma capa de gordura em torno dele. Isso faz com que seja muito susceptível ao meio que o cerca. Enzimas digestivas podem inativar o vírus. Mas olha o tamanho do caminho que o vírus tem que andar da sua boca até o estômago! Em qualquer um dos pontos desse percurso o HIV pode entrar pela mucosa e infectar.
Quer dizer que sexo oral sem camisinha não pode fazer?
Se você quer fazer sexo oral, você tem que usar preservativo. Se você quer fazer sexo oral sem camisinha, você não pode fazer sexo com quem você quer, com quem você encontra hoje à noite. Você precisa ter um parceiro fixo, em quem você confia, e mesmo assim ainda está correndo risco.
Qualquer camisinha serve para fazer sexo oral?
Qualquer camisinha boa. Mesmo as lubrificadas, a menos que você não goste do gosto. O mais importante é que, depois de utilizar uma camisinha para sexo oral, não reutilizá-la para penetração, pois a saliva e os dentes podem estragar a borracha. Toda vez que você fizer sexo oral com camisinha, antes de fazer uma penetração troque o preservativo por um novo. Não pode usar o preservativo com saliva. Só se deve utilizar lubrificantes para penetração à base de água, que podem ser comprados na farmácia, junto com a camisinha. Na dúvida, passe um pouquinho na mão e coloque debaixo d'água. Se sair com água, pode usar. NÃO UTILIZE margarina, saliva, creme nívea ou óleo como lubrificante.
FORMAS DE CONTÁGIO DO HIV
Existe uma escala de perigo nas relações sexuais? Sexo anal é mais perigoso do que sexo oral, etc?
Ser penetrado envolve um risco maior -na vagina ou no ânus-, em segundo lugar vem penetrar, e em terceiro lugar as relações orais -alguns livros até colocam as relações orais junto com penetrar, no mesmo grau de hierarquia. O fato é que nenhuma dessas relações é isenta de risco. Se não é isenta de risco, não dá para recomendar. As pessoas acham que sexo oral é sexo seguro e preferem não fazer sexo com penetração, para não correr risco, e fazem sexo oral sem camisinha. Isto é uma desinformação. É mais seguro fazer sexo com penetração e com camisinha, do que fazer sexo oral sem proteção. Ou seja, transem com camisinha sempre.
Há mais risco de transmissão de Aids quando a mulher está menstruada?
Essa pergunta é difícil de responder, pois na literatura médica há controvérsia. Já apareceram provas cabais de que a mulher em período menstrual aumenta a transmissão de doenças como o HIV, e já apareceram trabalhos dizendo que não aumenta. Então essa informação é controversa. E toda vez que uma informação é controversa, a gente é obrigado a achar o pior. Ou seja, é obrigado a achar que aumenta. É preciso se proteger para fazer sexo nesse período.
AIDS E COMPORTAMENTO SEXUAL
É possível pegar HIV tendo apenas um parceiro sexual?
Você pode pegar HIV sendo monogâmico (tendo apenas um parceiro), basta seu parceiro se infectar, usar drogas... Isso acontece. Mulheres monogâmicas pegam HIV, meninas pegam com seu primeiro namorado. Ser monogâmico não protege contra o HIV.
Pessoas mais certinhas estão livres do HIV?
Um vírus não tem moral. Ele não reconhece a moralidade humana. Não adianta dizer pra ele "olha, você é só de pessoas promíscuas", ou "você é uma doença só de homossexuais", ou "você é só de pecadores". O HIV não se comporta dessa maneira. A epidemia tem se espalhado de tal maneira, que ela atingiu todos os segmentos da raça humana: mulheres, jovens, crianças, velhinhos, heterossexuais, homossexuais, todo mundo. Não estou falando de uma hipótese, falo de uma epidemia que está acontecendo. O HIV está ocupando a raça humana com o ar ocupa os espaços de uma sala. Onde tem espaço, o HIV entra, e ele não tem moral.
Tem gente que diz que o homem heterossexual não corre o risco de ser infectado por uma mulher. É verdade?
Isso é uma grande besteira. A mulher passa o HIV para o homem, sim. O maior índice de infecção por HIV no mundo está na África Negra, onde para cada homem infectado há uma mulher infectada. Não dá para imaginar que todos os homens fizeram uma orgia homossexual e depois foram para casa contaminar suas mulheres! Não foi assim. A mulher passa o vírus para o homem. Aliás, essa é uma maneira pela qual a epidemia persiste hoje.
Você acha que as mulheres são hoje um grupo muito vulnerável à infecção pelo HIV?
As mulheres são um grupo muito vulnerável. A gente não usa mais a expressão "grupo de risco", mas se fosse para usar, eu diria que hoje, no Brasil, as mulheres jovens são o "grupo de risco". São as meninas que estão pegando o HIV. "Vulnerável" é uma palavra muito boa para definir esse grupo. Aparentemente, os homens conseguem se safar melhor das situações de risco do que as mulheres.
Por que?
As pessoas têm na cabeça uma idéia errada de que usar camisinha é coisa de prostituta e quem não é prostituta não precisa usar. Esses meninos e meninas pensam que camisinha é só com prostituta porque receberam essas idéias dos pais, pessoas que faziam sexo numa outra época. Mudou de época! Eu penso que pode chegar um dia em que alguém vai dizer: "Nossa, pai! Você transava sem camisinha? Que nojo!"
Você acha importante uma pessoa saber se está infectada ou não?
Saber-se soropositivo (infectado por HIV) ou saber-se soronegativo (não infectado), implica em tomar decisões na vida e ter atitudes que não são necessariamente as mesmas de quando você ignora seu estado. Os adultos, de uma maneira geral, têm uma dificuldade grande de se saber soropositivos ou não. Talvez eles estejam passando essa dificuldade para seus filhos, dizendo sem palavras, por atitudes, que é melhor não saber. O que não procede. Medicamente, é sempre melhor saber.
Para um casal que tem uma relação duradoura, pretende ter um filho, que testes devem ser feitos antes de abandonar o uso da camisinha?
O exame que dá melhores resultados, ainda é o exame físico. Anamnese e exame físico, ou seja, sentar com médico e conversar, dizer o que fez, o que não fez, fazer um exame físico -esse é o exame que melhor consegue detectar pequenas coisas erradas. Este é o que eu recomendo em primeiro lugar. O homem pode procurar um urologista, um clínico geral, o que ele achar melhor. Para a mulher, o mais indicado é um ginecologista, pois existe um exame interno, o ambiente do exame ginecológico é diferente. Afora isso, existem exames de sangue que podem ser feitos e que vão testar todas essas doenças sexualmente transmissíveis e que podem ser detectadas por um exame de sangue: sífilis, hepatite B, HIV... Para um pré-natal há outros exames também, para detectar outras doenças que não são sexualmente transmissíveis mas podem ter implicações durante a gravidez: toxoplasmose, rubéola e outras doenças.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Desde quando existem as doenças sexualmente transmissíveis?
Cinqüenta anos atrás já existiam todas as doenças sexualmente transmissíveis (DST). A sífilis era uma das mais importantes e existe desde a antigüidade clássica (antes de Cristo), e durante toda a Idade Média. DSTs existem há muito tempo, com grandes epidemias. Morria-se de sífilis antes de existir um tratamento. A Aids não é uma doença nova -a epidemia é nova. A Aids já existia há um bocado de tempo, mas apenas na África Negra. Agora ela se espalhou pelo mundo. DSTs existem e é preciso se precaver contra elas. E para se precaver não é preciso deixar de ter prazer e fazer sexo, mas é preciso aprender a fazer sexo num mundo em que existem essas doenças, e algumas delas podem matar, como a Aids.
Como são transmitidos o HPV (condiloma), sífilis e gonorréia?
Para pegar HPV, sífilis, cancróide e gonorréia basta o contato genital. Não precisa nem penetrar, nem ejacular. Essas doenças podem ser pegas também na garganta, por sexo oral. São doenças mais fáceis de pegar do que o HIV. Alguns meninos dizem que primeiro penetram e na hora de gozar põem a camisinha. Só com isso já dá pra pegar todas essas doenças.
O que se deve fazer quando alguém constata que está com alguma doença sexualmente transmissível?
A medicina é sempre melhor quando é preventiva. Quando a gente tem de curar uma doença é porque já falhou, não evitando que a pessoa pegasse a doença. É sempre melhor promover a saúde do que tratar a doença. Eu sempre recomendo que as pessoas vão ao médico quando não estão doentes, para não ficar doentes. Isso implica ir ao médico com uma certa freqüência, que varia e pode ser decidida com seu médico. A mulher deve ir ao ginecologista assim que ela tenha a primeira menstruação. O menino deve também ir ao médico cedo, e deve tirar suas dúvidas com ele. Ele deve decidir se quer ir ao pediatra, ao médico de família, a um clínico geral, a um urologista, ou a um infectologista. Qualquer um desses médicos vai atendê-lo bem. Quando alguém pega uma doença sexualmente transmissível, precisa ir ao médico. Não pode tomar o remédio que o amigo tomou, porque os remédios às vezes fazem mal, causam efeitos colaterais, e às vezes mascaram a doença (escondem os sintomas sem de fato curar) e acabam provocando uma complicação pior do que a doença em si. É bom lembrar que doença sexualmente transmissível é DOENÇA, não é julgamento moral, atestado de promiscuidade ou prostituição. É uma doença e deve ser tratada.
Quem tem uma doença sexualmente transmissível deve avisar seus parceiros que está doente?
É uma responsabilidade e um dever. em alguns caso o médico tem obrigação de fazer essa notificação -mas só em alguns casos. É claro que nenhum médico vai fazer isso por terrorismo. Geralmente a gente pede ao paciente para que traga o parceiro ou a parceira para que a gente possa conversar junto. E às vezes é necessário fazer isso porque se você trata de uma DST em alguém, e não trata o parceiro, a pessoa vai se reinfectar (pegar a doença novamente). Daí o tratamento não adianta nada. Doenças sexualmente transmissíveis são um problema de duas pessoas, não de uma. Às vezes mais de duas...
Jovens devem contar para os pais que têm uma doença sexualmente transmissível?
Pai e mãe às vezes ajudam muito. Às vezes, não. Isso depende do menino e da menina. Mas se um jovem não consegue ir ao médico sozinho, tem que ir com pai e com a mãe. Se ele consegue ir sozinho, vai. O médico não é obrigado a contar nada para os pais. O menino e a menina podem querer segredo médico e é um direito deles.
SÍFILIS
A sífilis é uma doença do passado?
Não. A sífilis é uma doença muito freqüente, provocada por uma bactéria, e ela pode não apresentar nenhum sintoma. Você pode ter sífilis achando que não tem, e o único jeito de saber é fazer a sorologia (exame de sangue). A sífilis não dá corrimento. A sífilis pode provocar uma ferida, geralmente sem dor, na região genital. A sífilis tem tratamento e precisa ser tratada quando descoberta.
HEPATITE B
Hepatite B é transmissível por sexo?
Sim, a hepatite B é uma doença sexualmente transmissível. As pessoas não têm medo da hepatite B mas ela pega muito mais facilmente do que o HIV. A hepaptite B é um vírus. Ele pode causar uma hepatite bastante simples ou então uma hepatite super severa que pode até matar. E a hepatite B, ao contrário da hepatite A, torna-se uma doença crônica, ou seja, o vírus pode ficar dentro de você o resto da sua vida, e se ele ficar dentro de você, ele vai "comendo" o seu fígado. Você pode, no decorrer dos anos, desenvolver cirrose, insuficiência hepática e até câncer de fígado. Essa doença é terrível. O controle e o tratamento são difíceis, pega-se por via sexual e tem vacina, quer dizer, ninguém precisa pegar, basta tomar a vacina. O HIV não tem vacina, hepatite B tem.
HPV (CONDILOMA)
O que é o HPV?
O HPV é um vírus chamado "papilomavírus", de transmissão sexual -ele também pode ser transmitido de outras maneiras, por contato, mas ele é um vírus de transmissão sexual. Há muitos tipos de HPV, e alguns estão relacionados ao câncer, tanto no colo uterino como no pênis. Mas não é que você vai pegar o vírus hoje e vai ter câncer amanhã. Demora. Mas existe essa possibilidade. Mas é preciso tratar esse vírus. Outros tipos de HPV não estão ligados diretamente ao surgimento do câncer, mas eles podem causar outros problemas, como verrugas genitais, chamadas condilomas. No homem é mais fácil de perceber porque os órgãos genitais são externos, na mulher às vezes não se percebe, porque a lesãozinha está lá no colo do útero. O homem também pode ter lesões internas, na uretra, e é por isso que quando há suspeita, a gente faz um exame interno, chamado "peniscopia" no homem. Para a mulher o mais fácil é detectar isso no papanicolau. Ou seja, ir ao ginecologista com freqüência pode evitar um monte de doenças, inclusive papilomatovirose (doença provocada pelo HPV).
GONORRÉIA
Como é a gonorréia?
A gonorréia é uma doença provocada por uma bactéria. No homem ela tem como sintoma corrimento, chamado de uretrite, e dói quando faz xixi. A mulher freqüentemente tem uma gonorréia assintomática, ou seja, sem sintomas. Isso quer dizer que ela pode transmitir a doença sem saber que a tem. Às vezes a gonorréia pode entrar no útero e se espalhar pelos ovários e trompas, provocando o que se chama de "doença inflamatória pélvica", uma doença grave que exige uso de antibióticos e pode precisar de uma intervenção cirúrgica.
HERPES LABIAL E GENITAL
Quem tem herpes labial pode transmitir herpes aos órgãos sexuais do parceiro ao fazer sexo oral?
Há três vírus que provocam herpes: o vírus da herpes simples 1, da herpes simples 2 e o da herpes zóster. Os que nos interessam são o vírus da herpes simples 1 e o vírus da herpes simples 2. O vírus da herpes simples 1 gosta mais da boca. O tipo 2 gosta mais da região genital. Mas eles podem trocar. Você pode pegar o vírus 1 na região genital e pegar o vírus 2 na região bucal, basta você fazer sexo oral desprotegido.






http://www.salves.com.br/virtua/aidscura.htm









MEDICAMENTOS ANTI-HIV
A melhor maneira de combater o vírus é impedir sua multiplicação. É o que fazem os medicamentos anti-HIV, que devem baixar a carga viral, tornando-a indetectável e, se possível, restaurar a imunidade.
Para que o tratamento anti-HIV seja mais eficaz, é recomendável iniciá-lo antes que a pessoa tenha alguma doença e que seu sistema imunológico esteja muito enfraquecido. É a razão pela qual, hoje, muitas pessoas infectadas pelo HIV fazem um tratamento enquanto dispõem de boa saúde.
Todavia, o início de tratamento raramente ocorre com urgência. É importante informar-se bem com seu médico, grupos e outras pessoas sob tratamento e se preparar antes de começar um tratamento anti-HIV.
O estado de saúde de cada pessoa, o estilo de vida e preferências pessoais vão influenciar a escolha das drogas anti-retrovirais. A seguir, alguns tópicos que devem, também, ser considerados:
A combinação de drogas deve ser forte o suficiente para baixar a carga viral aos mais baixos níveis possíveis, que irão reduzir os riscos do surgimento de doenças oportunistas no futuro;
Na terapia combinada é melhor não incluir nenhuma droga anti-retroviral que já tenha sido usada como monoterapia;
Ao escolher a primeira combinação de drogas é importante planejar a longo prazo. O ideal é que o infectologista informe qual é a segunda opção, caso a primeira falhe;
Existe a possibilidade do aparecimento de efeitos colaterais. Assim, antes de iniciar a terapia é prudente levá-los em consideração e discuti-los com o médico;
Alguns anti-retrovirais interagem de maneira ruim com outros medicamentos que possam estar sendo tomados. Podem tornar-se menos eficazes ou, por outro lado, até perigosos. É indispensável, portanto, que o médico esteja ciente das outras medicações utilizadas junto com o coquetel.
Momento ideal para iniciar o tratamento com o coquetel
Neste assunto, não há respostas prontas: ninguém sabe qual é o momento ideal para o início da terapia. A decisão vai depender das condições de saúde da pessoa e da linha científica adotada pelo médico. O certo é que, no Brasil, existe um consenso elaborado por técnicos do Ministério da Saúde que indica parâmetros para início do tratamento.
Segundo o documento, deve-se dar medicamentos quando a carga viral superar 100.000ml e CD4 tornar-se inferior a 500mm³. Pessoas com CD4 maior que 500/mm³ só devem iniciar a terapia quando a carga viral for maior a 100.000 cópias/ml.
A terapia combinada vem apresentando bons resultados em diferentes estágios da infecção (pessoas com ou sem sintomas). Isso significa que não há evidências da relação entre tempo e melhores resultados.
FUNÇÕES DO COQUETEL
COMO AGEM OS MEDICAMENTOS?
O HIV infecta as células do sistema imunológico (principalmente as células CD4) e as utiliza para fazer novas cópias do vírus. Estas cópias, então, continuam infectando outras células vizinhas. Com o tempo, isso vai diminuindo a habilidade do corpo em combater infecções.
As drogas anti-retrovirais agem impedindo o HIV de se reproduzir dentro das células CD4, cessando a infecção de novas células pelas suas cópias. Ao fazer isto, a quantidade de HIV no organismo diminui e o dano que ele pode causar ao sistema imunológico também é reduzido.
O QUE É TERAPIA COMBINADA?
Significa usar duas ou mais drogas juntas, o que popularmente se conhece como coquetel. Monoterapia é o uso de uma droga por vez. Foi provado que terapia combinada é muito mais eficaz e duradoura do que monoterapia, na tarefa de reduzir a quantidade de HIV presente no organismo, prevenindo, assim, o desenvolvimento dos sintomas da Aids.
Quando uma população de vírus é combatida por mais de uma droga, torna-se mais raro o surgimento de vírus mutantes ou resistentes. Hoje, a monoterapia é utilizada somente por gestantes infectadas pelo HIV, em esquema de quimioprofilaxia da transmissão mãe-filho.
EFEITOS COLATERAIS
COMO DIMINUÍ-LOS?
Visando diminuir ou eliminar alguns efeitos colaterais, médicos e pacientes estão experimentando trocar o esquema de drogas. Vários estudos em andamento sugerem que esta estratégia pode ser bem-sucedida no caso de redução de níveis de triglicérides e colesterol, ao contrário do que ocorre com a lipodistrofia, para a qual, até o momento, não existe resposta definitiva.
Em alguns casos, as reações adversas são mais severas no início do tratamento, mas diminuem com o tempo, se a pessoa puder tolerá-las. Em outros, podem ser controladas pela sensibilização, isto é, iniciar-se a droga com dose menor do que a habitual, aumentando-a gradativamente.
De qualquer forma, conscientização é a palavra-chave na hora de aliviar ou eliminar os efeitos colaterais dos antivirais: cabe aos médicos informar seus pacientes sobre as potenciais reações (a maioria não experimenta reação alguma). Mas, é obrigação do paciente comunicar ao médico todas as sensações diferentes devidas aos remédios, mesmo as aparentemente simples.
EFEITOS SECUNDÁRIOS ESPECÍFICOS
Certas classes de drogas são associadas com maior freqüência a efeitos secundários específicos. Por exemplo, alguns análogos de nucleosídeos (AZT, ddI, 3TC etc.) tendem a causar reduções no número de glóbulos brancos e toxicidade mitocondrial (ataque a filamentos no interior das células).
Alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (delavirdina, nevirapina, efavirenz) causam mais reações cutâneas (doenças na pele). Já o tratamento anti-HIV de longo prazo, especialmente os que empregam regimes que incluem um inibidor da protease (indinavir, saquinavir, ritonavir etc.), é associado a elevações do nível de gordura no sangue (diabetes) e redistribuição de gordura no organismo (lipodistrofia).
EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS
Entende-se por efeitos colaterais, também conhecidos como efeitos secundários, toxicidade farmacológica ou reações adversas, qualquer reação inesperada produzida por um medicamento. Podem ser leves e transitórios; moderados e persistentes; graves ou potencialmente mortais e, infelizmente, alguns destes efeitos não são confirmados até que o fármaco esteja aprovado, devidamente comercializado e utilizado por milhares de pessoas.
Os efeitos colaterais mais freqüentes que se apresentam no início do tratamento incluem cansaço, náusea, vômitos, diarréia, dores musculares, dor de cabeça e irritação de pele. Outros efeitos variam de acordo com o tipo de remédio que está sendo usado. Pacientes com Aids em estágio avançado tendem a apresentar reações adversas com mais freqüência.
OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO COQUETEL E QUANTO TEMPO ELES DURAM
A terapia combinada previne o desenvolvimento das infecções, diminui a carga viral e aumenta a contagem de CD4. Algumas semanas após o início do tratamento, muitas pessoas sentem que recuperaram o apetite e o peso e ainda, sua energia e bem-estar.
Pode-se, inclusive, aumentar o interesse sexual. Entretanto, ainda não se sabe com certeza durante quanto tempo a combinação de drogas irá manter seus benefícios. Até agora, mostrou-se efetiva por, pelo menos, dois anos.
FALHAS E RESISTÊNCIAS
Se a carga viral aumentar rapidamente ou de maneira sistemática, durante um tempo, mesmo com o uso da terapia combinada, isto indica que se está diante de um HIV resistente a alguma droga. Para evitar esse problema, recomenda-se:
Não incluir na terapia combinada drogas anti-retrovirais que já tenham sido usadas em monoterapia (uso de um só remédio);
Tomar as drogas nos horários certos e com dieta adequada;
Encontrar uma combinação que consiga reduzir a carga viral e mantê-la muito baixa, preferivelmente em níveis indetectáveis.

Um comentário:

  1. Meu nome é samuel, estou aqui para dar meu testemunho sobre um médico (drfamousgrant@gmail.com)
    Que me ajudou na minha vida. Eu estava infectado com VIRUS HIV em
    2009, eu fui a muitos hospitais para a cura mas não havia nenhuma solução, assim que eu
    Estava pensando em como posso obter uma solução para que meu corpo pode ficar bem.
    Um dia eu estava no lado do rio pensando onde eu posso ir para obter solução.
    Então uma senhora andou até mim me dizendo por que estou tão triste e eu abrir tudo para
    Ela contando a ela o meu problema, ela me disse que ela pode me ajudar, ela
    Me apresentar a um médico que usa medicamentos à base de plantas para curar o VIRUS DO HIV
    E me deu seu e-mail, então eu e-mail dele. Ele me disse todas as
    Coisas que eu preciso fazer e também me dar instruções para tomar, o que eu
    Corretamente. Antes que eu soubesse o que está acontecendo depois de quatro
    O VIRUS DO HIV que estava no meu corpo foi curado, então se você também
    Coração quebrado e também precisa de uma ajuda, você também pode enviar e-mail para ele.
    Drfamousgrant@gmail.com

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